- Doenças atendidas -

A incidência de pacientes roncadores é alta no dia a dia do consultório. Por vezes o ronco pode ser somente a "ponta do iceberg", ou seja, não somente um motivo de atrapalhar o sono de quem dorme perto ou ao lado, mas sim um sinal de alerta para uma questão muito preocupante que é a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono. Nesses casos a obstrução da via aérea impede a passagem do ar para os pulmões durante a noite ocasionando um esforço cardio-pulmonar, com estresse oxidativo celular pela falta de oxigenação.

Durante a noite de sono normal temos a produção de diversas substâncias em nosso organismo (como a leptina e grelina). Com a apneia do sono essa produção se altera e isso gera aumento do apetite e fome.

A incidência de depressão, diabetes e hipertensão arterial é maior nessa população. O paciente deve ser analisado questionando a qualidade do sono, a disposição e sonolência diurna, dificuldade de se manter acordado durante o dia e a produtividade no trabalho. Por outro lado, existe o ronco essencial primário (com ausência de apneia).

Para finalizar, o tratamento sempre vai envolver a parte do paciente (controle de peso, acompanhamento clínico e metabólico), questões como condições nasais (desvio do septo, hipertrofia de conchas nasais) e oropalatais (tamanho das amigdalas, tipo de palato), para a escolha do tratamento que pode ser cirúrgico, uso de aparelhos de pressão contínua (CPAP ou BiPAP) e dispositivos intraorais por exemplo.